Marcelo Eduardo chegou a perguntar para um amigo se ele sentiria sua falta caso morresse; relembre o caso

 

Foto: Reprodução

 


O Domingo Espetacular apurou novas informações sobre o caso da família Pesseghini, assassinada pelo garoto Marcelo Eduardo, que se suicidou logo após o crime, na zona norte de São Paulo. Segundo as investigações, em 2013, o menino tirou a vida do próprio pai, da mãe, da avó e da tia-avó.

 


Há quase 11 anos, cinco pessoas foram encontradas mortas no mesmo terreno, no bairro Brasilândia, em São Paulo. Na casa principal, estavam o sargento Luís Marcelo Pesseghini, a Cabo Andreia Regina Pesseghini e Marcelo Eduardo, e na outra residência, a avó Benedita e a tia-avó Bernadete.

 


Inicialmente, a principal suspeita era de uma ação do Primeiro Comando da Capital (PCC), porque, segundo a polícia, no ano anterior, os policiais estavam sofrendo muitos ataques.

 


A polícia seguia por cinco alternativas de investigação: crime praticado por organização criminosa, ação de vingança contra policiais corruptos, crime passional, latrocínio e homicídio seguido de suicídio.

 


Uma testemunha que estudava na classe de Marcelo Pesseghini, e prefere não se identificar, contou que no dia que tudo aconteceu, Marcelo estava mais desanimado do que o normal. “Eu já tinha visto ele em momentos de frustração, de tristeza, mas nada como aquele dia”, relatou.

 


Na noite do assassinato, a perícia iniciou as investigações do que teria acontecido e já suspeitaram do garoto. “De cara, entramos, mas deu para perceber que alguma coisa não eram bem o que estavam falando”, disse Ermindo Lopes Filho, perito criminal.

 


A fotógrafa técnica da pericial Thelma Rocha, também comentou que suspeitava de Marcelo. “Quando você vê que a ‘criancinha’ não é tão ‘criancinha’, quando você vê que não teve luta corporal e a casa está completamente em ordem, sua ficha vai caindo”, disse a mulher.

 


A arma do crime estava na mão de Marcelo Pesseghini e quanto mais as buscas se aprofundavam, a polícia encontrava mais evidências que apontavam o garoto como autor do crime

 


No entanto, a família da criança contratou uma advogada para defender a inocência de Marcelo. Roselle Soglio, profissional que representa o garoto, acredita que o menino não seja o culpado pela morte da família “Sequer um elemento de pólvora foi encontrado nas mãos do Marcelo”, comentou a mulher.

 

No entanto, segundo um colega de Marcelo, o garoto sabia atirar e tinha conhecimento sobre guerras e polícia. Além disso, peritos rebateram a versão da advogada, por afirmaram que o modelo da arma que disparou contra a família Pesseghini, liberava uma quantidade mínima de pólvora.

 


A perícia também identificou que Marcelo morreu somente um dia após matar supostamente a sua família. Imagens de câmeras de segurança registraram que o menino estava em um carro a caminho da escola, no dia seguinte da morte dos seus parentes.

 


Outra testemunha que esteve com Marcelo aquele dia, também conversou com o Domingo Espetacular. O rapaz deu carona para o garoto na saída da escola e foi, possivelmente, a última pessoa que teve contato com o suposto assassino. Atualmente, o homem relatou que tanto ele, quanto seu filho, tiveram seus psicológicos abalados, pois eram próximos da família do menino.

 


Antes de sair da escola, Marcelo perguntou para um amigo seu: “Se eu morrer, você vai sentir minha falta?”. E o colega afirmou que sim.