Agência nuclear da ONU aprovou plano japonês de despejar 1,33 milhão de tonelada de água contaminada no oceano

 

 

A usina de Fukushima, no Japão, se prepara para despejar no mar a água que foi usada no resfriamento dos reatores depois do acidente nuclear, provocado por um tsunami, há doze anos. Embora a medida provoque preocupação, testes científicos comprovaram que não há risco à saúde ou ao meio-ambiente.

 

 

O diretor da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica), Rafael Grossi, se reuniu nesta quarta-feira (5) com moradores da região japonesa de Fukushima para tentar tranquilizar a população sobre a decisão do governo de despejar no mar a água da central nuclear que sofreu um acidente em 2011.

A AIEA aprovou o plano japonês para despejar, após tratamento adequado, 1,33 milhão de tonelada de água contaminada, armazenada na central afetada pelo terremoto e tsunami de 11 de março de 2011.

 

 

A agência nuclear da ONU afirmou na terça-feira que o projeto segue as normas internacionais e terá um “impacto insignificante” para a população e o meio ambiente.

O argentino Rafael Grossi repetiu a mensagem nesta quarta-feira em Iwaki, a 60 km da central, onde a inquietação persiste.

 

 

“Todos os gráficos complexos e as estatísticas são uma coisa, mas a realidade, a realidade das pessoas, a realidade da economia, a realidade do sentimento social e das percepções podem ser diferentes”, admitiu aos moradores e autoridades da região.

 

 

O tratamento da água elimina a maioria de radioisótopos, com exceção do trítio.

Os coordenadores do projeto afirmam que o líquido que será despejado no oceano durante décadas não difere do que é vertido por uma central nuclear convencional.

 

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