Segundo o Banco do Japão, o aumento nos preços de atacado teve o maior ganho anual desde que os dados começaram a ser disponibilizados

 

 

Texto: Redação/Record TV Japan
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A guerra na Ucrânia e a pandemia de covid-19 enfraqueceram a economia japonesa, que viu os preços no atacado subirem um recorde de 9,7% em 2022 em comparação com o ano anterior. Os custos mais altos de importação mantiveram as pressões inflacionárias e reduziram os lucros corporativos. 

 

Segundo o Banco do Japão, o aumento nos preços de atacado teve o maior ganho anual desde que os dados começaram a ser disponibilizados, em 1981. Em 2021, quando os preços tiveram um aumento considerável, o recorde registrado no acumulado do ano foi de 4,6%. Ao todo, foram 22 meses seguidos de aumento, o que fez as empresas a repassar os custos aos consumidores.

 

Uma reportagem da agência de notícias Kyodo mostrou que a forte depreciação do iene em relação ao dólar norte-americano aumentou os problemas do Japão, com escassez de recursos, ao inflar o custo das importações de energia, bem como das matérias-primas e alimentos. Os preços de importação subiram 39,1% ao longo do ano em 2022, enquanto os preços de exportação subiram 16,2% em termos de ienes.

 

As empresas japonesas têm relutado em aumentar os preços de varejo e, em vez disso, optaram por absorver os custos crescentes por medo de assustar os consumidores. O repasse de custos mais elevados ficou mais evidente, porém, com aumentos de preços em uma gama mais ampla de itens.

 

Entre os principais itens que registraram aumentos acentuados de preços, produtos siderúrgicos saltaram 20,9% e celulose e papel subiram 13,3%. Os produtos de petróleo e carvão aumentaram 8,0% e os preços dos alimentos subiram 7,7%.

 

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