Torneio começa no próximo dia 20, no Catar; pesquisa da Reuters ouviu 135 analistas de mercado que acompanham o esporte

 

 

Texto: Redação/Record TV Japan
Fotos: ©Lucas Figueiredo/CBF

 

 

O Brasil é o favorito para conquistar a Copa do Mundo pela sexta vez no torneio que começa em 20 de novembro no Catar, diz uma pesquisa da Reuters que previu os campeões pela última vez com sucesso em 2010.

 

A pesquisa global com 135 analistas de mercado que acompanham o futebol em todo o mundo se alinha com as casas de apostas e afirma que o Brasil vencerá o Mundial pela primeira vez desde 2002. Quase metade dos entrevistados espera que o Brasil vença, enquanto 30% estão divididos igualmente entre França e Argentina. Alemanha, Inglaterra e Bélgica também tiveram pontuações altas.

 

“O Brasil tem uma grande chance desta vez por causa da profundidade e variação em seu ataque, juntamente com a experiência de Casemiro [no meio-campo] e Thiago Silva na defesa”, disse Garima Kapoor, economista da Elara Capital, à reportagem da Reuters.

 

O talento do elenco brasileiro foi destaque nos resultados da pesquisa, com nomes como Neymar e Vinicius Jr, que tiveram um início de temporada brilhante em seus clubes, junto com a dupla de goleiros Alisson e Ederson também em alta performance.

 

“Atribuímos uma probabilidade de 17% de o Brasil vencer o torneio, o que se traduz em chances de 1 para 5”, escreveu o chefe de risco para a região EMEA (Europa, Oriente Médio e África) da Fitch Solutions, Peter Dixon. Dixon colocou a Alemanha em segundo lugar com 11% (1 de 8) e a França em terceiro com 8% (1 de 11).

 

No comando de Tite

 

O Brasil inicia a Copa do Mundo com uma certeza, a de que terá que escolher um novo comandante ao final da campanha no Catar. Isto porque o técnico Tite já declarou, no início do ano, que, independentemente do resultado final da competição, deixará o comando da seleção brasileira após o Mundial.

 

Mas antes mesmo de a bola rolar no dia 20 de novembro é possível afirmar que o treinador deixará a seleção em uma situação melhor do que a que encontrou em junho de 2016, quando assumiu oficialmente a equipe.

 

Fotos: ©Lucas Figueiredo/CBF

 

A equipe canarinho vinha de uma dolorida desclassificação, ainda na primeira fase da Copa América Centenário após derrota para a seleção peruana. Naquele momento, o Brasil apresentava um estilo de jogo que priorizava o pragmatismo em detrimento da qualidade técnica. Além disso, ainda vivia sob a sombra da vexatória derrota de 7 a 1 para a Alemanha no Mundial de 2014.

 

Foi neste contexto que Tite, que havia conquistado o Campeonato Brasileiro de 2015 pelo Corinthians (equipe pela qual também foi campeão nacional em 2011 e da Libertadores e do Mundial de Clubes em 2012), chegou com a missão de levar o Brasil à Copa. E a missão dada foi cumprida.

 

Mundial da Rússia

 

Na Rússia a seleção brasileira fez um Mundial de altos e baixos. Na estreia, empatou com a Suíça. Depois vieram vitórias sobre Costa Rica e Sérvia que garantiram a classificação como melhor do grupo. Nas oitavas o Brasil voltou a vencer, desta vez o México, e chegou às quartas, onde parou diante da Bélgica.

 

Porém, a cúpula da CBF entendeu que Tite havia feito um bom trabalho, em especial pelo contexto no qual assumiu a equipe, e ofereceu a ele a oportunidade de comandar a seleção em um ciclo inteiro para uma Copa, no caso a de 2022 no Catar.

 

Primeiro título

 

E foi justamente entre o Mundial de 2018 e o de 2022 que o treinador garantiu a sua primeira conquista no comando da equipe canarinho. Em pleno estádio do Maracanã, o Brasil derrotou a seleção peruana por 3 a 1 para alcançar pela nona vez na história o título da Copa América.

 

Porém, a prova de maior força da seleção veio no período de classificação para a Copa. A equipe comandada por Tite terminou a campanha com 45 pontos, estabelecendo um novo recorde na história das Eliminatórias Sul-Americanas no atual formato (antes a marca era da Argentina, com 43 pontos).

 

E, na busca pela vaga para o Mundial no Catar, o treinador realizou um importante trabalho de renovação que deu oportunidades e protagonismo a jogadores como o meio-campista Lucas Paquetá e os atacantes Vinícius Júnior, Richarlison e Raphinha.

 

Consequência direta da histórica campanha nas Eliminatórias foi o retorno do Brasil à liderança do ranking de seleções da Fifa em março de 2022, feito alcançado após um hiato de quase cinco anos.

 

Esperança no Catar

 

Líder do ranking de seleções da Fifa, dono de um estilo de jogo que prioriza o ataque e em meio a um processo de renovação que começa a dar frutos, o Brasil chega ao Catar como um dos favoritos a ficar com o título. E uma das peças fundamentais deste trabalho de reconstrução é o técnico Tite, que tem chances reais de encerrar sua passagem pela seleção com a conquista do hexacampeonato.

 

Os convocados se apresentam à seleção nesta segunda-feira (14), em Turim (Itália), onde o grupo se concentrará por cinco dias no centro de treinamento da Juventus, antes da viagem para Doha (Catar). A estreia na Copa será no próximo dia 25, às 4h (horário do Japão), no Estádio Lusail, contra a Sérvia. No dia 29, à 1h, a equipe canarinho terá pela frente a Suíça, no Estádio 974. No dia 3 de dezembro, os comandados de Tite voltam ao Lusail, para encarar Camarões, às 4h, encerrando a participação no Grupo G, pela primeira fase. (com reportagem da Agência Brasil e Fábio Lisboa/TV Brasil)

 

Relação de convocados para a Copa:

 

Goleiros: Alisson (Liverpool-ING), Ederson (Manchester City-ING) e Weverton (Palmeiras).

Laterais: Daniel Alves (Pumas-MEX), Danilo (Juventus-ITA), Alex Telles (Sevilla-ESP) e Alex Sandro (Juventus-ITA).

Zagueiros: Marquinhos (Paris Saint-Germain-FRA), Thiago Silva (Chelsea-ING), Éder Militão (Real Madrid-ESP) e Bremer (Juventus-ITA).

Meias: Casemiro (Manchester United-ING), Fred (Manchester United-ING), Fabinho (Liverpool-ING), Bruno Guimarães (Newcastle United-ING), Lucas Paquetá (West Ham United-ING) e Everton Ribeiro (Flamengo).

Atacantes: Neymar (Paris Saint-Germain-FRA), Vinícius Júnior (Real Madrid-ESP), Rodrygo (Real Madrid-ESP), Raphinha (Barcelona-ESP), Richarlison (Tottenham Hotspur-ING), Gabriel Jesus (Arsenal-ING), Pedro (Flamengo), Antony (Manchester United-ING) e Gabriel Martinelli (Arsenal-ING).

 

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