Primeira imperatriz brasileira foi personagem fundamental na história

 

 

Texto: Carlos Molinari/TV Brasil 
Foto: ©Agência Brasil

 

 

A independência do Brasil é um fato histórico diretamente ligado à ação de Dom Pedro I. É isso que todos nós aprendemos na escola. Mas, por trás da decisão do príncipe-regente, a influência da princesa Leopoldina também foi determinante.

 

As cartas que ela enviou ao marido foram o pontapé final para a ruptura entre Brasil e Portugal. 

 

Maria Leopoldina Josefa Carolina de Habsburgo era uma princesa austríaca, que desembarcou no Brasil em 1817, aos 20 anos, para consumar o casamento com o príncipe-regente Pedro I, da dinastia portuguesa dos Bragança. Um acordo de tronos, como convinha para duas famílias reais europeias.

 

A primeira imperatriz brasileira viveu pouco, morrendo em 1826 e, em nove anos na corte, engravidou nove vezes. Mas seu papel na história do Brasil vai muito além de ser apenas a esposa de Dom Pedro I. Ela foi fundamental no processo de independência, que implodiu o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves.

 

Foi ela quem convenceu José Bonifácio a aceitar a nomeação para ser ministro do Reino e dos Negócios Estrangeiros. A declaração da Independência, escrita por Bonifácio, foi assinada por ela em 2 de setembro de 1822 e enviada por mensageiros a cavalo para Dom Pedro, que estava em São Paulo na ocasião. Seus textos foram decisivos.

 

“O Brasil será em vossas mãos um grande país, o Brasil vos quer para seu monarca. Com o vosso apoio ou sem o vosso apoio ele fará sua separação. O pomo está maduro, colhe-o já senão apodrece.” – escreveu Leopoldina numa das três cartas que enviou a Dom Pedro.

 

O grito do Ipiranga foi consequência não só das ameaças portuguesas de reconduzir o Brasil à situação de colônia, mas também dos esforços da princesa Leopoldina.

 

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