O surto da doença representa uma emergência sanitária global, o maior nível de alerta da OMS

 

 

Texto: Redação/Record TV Japan
Foto: ©Gabinete do Primeiro-Ministro do Japão

 

 

O primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, vai anunciar à população em breve medidas de proteção e outras informações sobre as características da varíola dos macacos. O anúncio vem na sequência da divulgação do primeiro caso da doença no Japão.

 

De acordo com reportagem da NHK, Kishida revelou seu plano em uma reunião de executivos do Partido Liberal Democrático (PLD) – sigla à qual pertence. 

 

Já o ministro da Saúde, Trabalho e Bem-Estar Social, Shigeyuki Goto, declarou que o governo vem respondendo à situação. Em conversa com repórteres, na terça-feira, ele disse que o sistema de monitoração de surtos foi reforçado e que um sistema de tratamento e vacinação está em vigor.

 

Segundo Goto, o governo vai adotar medidas necessárias e garantir que órgãos governamentais mantenham linhas de comunicação abertas para impedir a disseminação de infecções. O ministro acrescentou que o governo trabalhará com a Organização Mundial da Saúde (OMS) para monitorar casos no Japão.

 

Primeiro caso

 

O Japão confirmou seu primeiro caso de varíola na segunda-feira. É um homem na faixa dos 30 anos, morador de Tóquio, que viajou para um país europeu do final de junho a meados de julho. Lá ele teve contato próximo com uma pessoa infectada com a varíola. O homem, que está atualmente hospitalizado. Ele começou a se sentir mal em 15 de julho. 

 

Os sintomas da doença, disseminados por contato físico próximo, incluem febre, erupções cutâneas extensas, lesões na pele e linfonodos inchados após um período de incubação de cinco a 21 dias.

 

Mundo

 

O surto de varíola dos macacos, que está se espalhando rapidamente, pode ser interrompido, disse uma autoridade da Organização Mundial de Saúde (OMS). “Neste momento, ainda acreditamos que este surto de varíola dos macacos pode ser interrompido com estratégias certas nos grupos certos, mas o tempo está passando e todos precisamos nos unir para que isso aconteça”, disse Rosamund Lewis, líder técnica sobre varíola dos macacos da OMS, a repórteres.

 

O surto representa uma emergência sanitária global, o maior nível de alerta da OMS, disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, no último sábado (23).

 

A classificação da OMS – uma emergência sanitária pública de preocupação internacional – tem o objetivo de gerar resposta internacional coordenada e pode liberar fundos para colaborar com o compartilhamento de vacinas e tratamentos.

 

Inicialmente identificado em macacos, o vírus é transmitido principalmente por contato próximo com uma pessoa infectada. Até este ano, a doença viral raramente se disseminava fora da África, onde é endêmica.

 

Mas relatos de alguns casos no Reino Unido no começo de maio sinalizaram que o surto havia entrado na Europa.

 

Este ano, houve mais de 16 mil casos confirmados de varíola dos macacos em mais de 75 países. Lewis afirmou que o número verdadeiro é provavelmente maior. Cinco mortes, todas na África, foram relatadas.

 

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