Penalidades japonesas não são duras o suficiente para empresas em caso de violação de dados

 

 

 

Texto: Redação/Record TV Japan
Foto: AdobeStock

 

 

Um recorde de 137 casos foi o número de vazamentos de informações pessoais de empresas listadas nas bolsas de valores japonesas, bem como de suas subsidiárias, em 2021. Um aumentou de 30% em relação ao ano anterior, segundo a Tokyo Shoko Research, uma agência de pesquisa corporativa.

 

De acordo com o relatório, mais de 50% dos casos, ou 68 das violações de dados, foram causadas por malware ou acesso não autorizado. Esse número de ataques cibernéticos aumentou pelo terceiro ano consecutivo.

 

Segundo reportagem da agência de notícias Kyodo, desde 2012 já foram confirmados vazamentos de informações pessoais de aproximadamente 120 milhões de pessoas, número que equivale à população do Japão.

 

Em comparação com os Estados Unidos e países europeus, alguns críticos disseram que as penalidades japonesas não são duras o suficiente para empresas corporativas em caso de violação de dados. 

 

A maior violação de dados do ano foi descoberta em maio de 2021, quando informações privadas de até 1,71 milhão de pessoas do aplicativo de namoro Omiai, operado pela Net Marketing Co, vazaram.

 

O caso foi seguido pelo vazamento de dados de cerca de 1 milhão de clientes da operadora aérea japonesa ANA Holdings Co e cerca de 920.000 da Japan Airlines. Ambas as companhias sofreram ataque de uma empresa da Suíça.

 

Como a atual lei japonesa de proteção de informações pessoais não é punitiva, a Net Marketing e outras empresas responsáveis ​​pelos vazamentos não foram multadas.

 

Embora a lei de proteção de informações do Japão permaneça frouxa, sua revisão, prevista para entrar em vigor em abril, provavelmente mudará a situação. Pelo menos, as empresas serão obrigadas a notificar as vítimas em caso de vazamentos de dados.

 

 

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