Profissionais vão investigar circunstâncias em que não-japoneses foram detidos e interrogados
Texto: Redação/Record TV Japan
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É muito comum a polícia japonesa abordar estrangeiros na rua e fazer questionamentos. Mas a prática gerou uma série de denúncias de abuso de poder e discriminação racial. Por isso, a Ordem dos Advogados de Tóquio começará a investigar as circunstâncias em que estrangeiros foram detidos e interrogados pelos policiais.
“Temos boas razões para acreditar que os policiais frequentemente traçam o perfil racial de pessoas de origem estrangeira”, disse Junko Hayashi, durante uma coletiva de imprensa no Clube de Correspondentes Estrangeiros do Japão. “Precisamos de dados mais sólidos sobre esse assunto”, complementou o advogado que adiantou que a pesquisa começará em 11 de janeiro.
Segundo reportagem da agência de notícias Kyodo, no início deste mês, a Embaixada dos Estados Unidos em Tóquio disse em sua conta oficial no Twitter que recebeu relatórios de “suspeitas de incidentes de discriminação racial” com vários estrangeiros “detidos, questionados e revistados” pela polícia.
A mensagem aconselhava os cidadãos americanos a portar prova de status de imigração e solicitar notificação consular se detidos.
Questionado sobre a mensagem, o secretário-chefe de gabinete, Hirokazu Matsuno, disse em uma entrevista coletiva em 6 de dezembro que a polícia japonesa aborda pessoas suspeitas de acordo com a lei, por exemplo, quando têm motivos razoáveis para suspeitar que alguém cometeu um crime e que o interrogatório não é realizado com base na raça ou na nacionalidade.