Países se juntam aos Estados Unidos em boicote diplomático; Japão ainda estuda as consequências diplomáticas

 

 

 

Texto: Redação/Record TV Japan
Foto: ©Gabinete do Primeiro-Ministro do Japão

 

 

 

A Inglaterra comunicou que se juntará aos Estados unidos, Canadá e Austrália em um boicote diplomático aos Jogos de Inverno da China, que acontecerão em 2022.

 

A Casa Branca anunciou na última segunda que oficiais americanos não vão comparecer ao evento, apesar de não proibir que atletas da delegação participem. A motivação são as inúmeras violações a tratados internacionais de direitos humanos causadas pelo governo de Pequim, as quais o governo classificou como “atrocidades”.

 

“Haverá efetivamente um boicote aos Jogos de Pequim. Nenhum ministro ou oficial deverá comparecer”, afirmou o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson.

 

“Não acho que boicotes esportivos sejam sensatos, e essa continua sendo a política do governo”, complementou o primeiro-ministro.

 

O primeiro-ministro do Japão, Kishida Fumio, afirmou que o governo vai tomar suas próprias decisões no tocante aos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Pequim.

 

Em conversa com repórteres, na terça-feira, Kishida declarou que estava ciente do anúncio feito pelo governo dos Estados Unidos e disse que o governo japonês vai estudar exaustivamente o significado da Olimpíada em termos diplomáticos, além de outros fatores, antes de tomar quaisquer decisões a respeito.

 

A agência de notícias Reuters informou que a China não havia emitido nenhum convite a ministros britânicos.

 

“As Olimpíadas de Inverno de Pequim são uma reunião de atletas olímpicos e amantes de esportes de inverno de todo o mundo, não uma ferramenta de manipulação política para qualquer país”, relatou um representante diplomático chinês.

 

O anúncio de que o Canadá também se juntaria ao boicote foi feito também pelo primeiro-ministro Justin Trudeau.

 

“Muitos parceiros ao redor do mundo estão extremamente preocupados pelas violações repetidas aos direitos humanos cometidas pelo governo chinês. Por essa razão, anunciamos que não enviaremos qualquer representação diplomática para as Olimpíadas de Pequim”, disse o primeiro-ministro canadense em uma coletiva de imprensa.